É impossível crer em Jesus pela metade! Parece loucura o que escrevo, mas loucura mesmo é fragmentar a pessoa de Jesus e seus ensinamentos. Não há dúvidas que o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida foi o mais radical de todos os discursos, talvez você pense que foi radical em relação aos ouvintes de Jesus, pelo contrário, foi radical para Jesus! Sobre o fato de ser Ele mesmo o Pão da Vida, e dar a sua carne e seu sangue para que tenhamos comunhão com Ele E d'Ele recebermos a vida eterna, Jesus não abriu mão. Mesmo percebendo que muitos de seus seguidores O deixaram por causa de Sua Palavra, Ele não abriu mão da verdade. E colocou até mesmo os seus mais amados discípulos a prova diante da verdade a respeito do Pão da Vida, "Quereis vós também retirar-vos?"(Jo 6,67b). Jesus, não abre mão de sua presença na Eucaristia! Por isso, quero com Pedro, e com ele e com toda a Igreja, dizer: eu creio! " Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus!" (Jo 6,68-69). Essa é a verdade que guardada no depósito da fé da Igreja, velada com todo amor pelo seu Sagrado Magistério, é transmitida a quase dois mil anos pela Sagrada Tradição, de acordo com a sucessão apostólica de forma ininterrupta, de Pedro à Bento XVI.
Não crer na presença real de Jesus na Eucaristia, é no mínimo (e já é loucura), fragmentar a Palavra de Deus, e reduzi-la ao sopro de qualquer vã doutrina, e ferir o coração da Igreja de Cristo! Por que o coração da Igreja é justamente a Eucaristia. O princípio da Igreja é a Eucaristia! O fim último da Igreja é a Eucaristia. O caminho da Igreja é a Eucaristia! Por que a Eucaristia é Cristo, o Vencedor, o Reis dos Reis!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Dimensão Humana da Redenção - Redemptor Hominis
"O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se o não experimenta e se o não torna algo seu próprio, se nele não participa vivamente. E por isto precisamente Cristo Redentor, como já foi dito acima, revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é - se assim é lícito exprimir-se - a dimensão humana do mistério da redenção. Nesta dimensão o homem reencontra a grandeza, a dignidade e o valor próprios da sua humanidade. No mistério da redenção o homem é novamente "reproduzido" e, de algum modo, é novamente criado. Ele é novamente criado! "Não há judeu nem gentio, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher: todos vós sois um só em Cristo Jesus". O homem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente - não apenas segundos imediatos, parciais, não raro superficiais e até mesmo só aparentes critérios e medidas do próprio ser - deve, com a sua inquietude, incerteza e também fraqueza e pecaminosidade, com a sua vida e com a sua morte, aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar nele com tudo o que é em si mesmo, deve "apropriar-se" e assimilar toda a realidade da encarnação e da redenção, para se encontrar a si mesmo. Se no homem se realizar este processo profundo, então ele produz frutos, não somente de adoração de Deus, mas também de profunda maravilha perante si próprio. Que grande valor deve ter o homem aos olhos do Criador, se "mereceu ter um tal e tão grande Redentor" se "Deus deu o seu Filho", pra que ele, o homem, "não pereça, mas tenha a vida eterna".
Na realidade, aquela profunda admiração a respeito do valor e dignidade do homem chama-se Evangelho, isto é, a Boa Nova. Chama-se também cristianismo. Tal admiração determina a missão da Igreja no mundo, também, e talvez mais ainda, "no mundo contemporâneo". Essa admiração e, ao mesmo tempo, persuasão e certeza, que na sua profunda raiz é a certeza da fé, mas que de modo recôndito e misterioso vivifica todos os aspectos do humanismo autêntico, está intimamente ligada a Cristo. Ela estabelece também o lugar do mesmo Jesus Cristo - se assim se pode dizer - o seu particular direito de cidadania na história do homem e da humanidade. A Igreja, que não cessa de contemplar o conjunto do mistério de Cristo, sabe com toda a certeza da fé, que a redenção que se realizou por meio da Cruz, restituiu definitivamente ao homem a dignidade e o sentido da sua existência no mundo, sentido que ele havia perdido em considerável medida por causa do pecado. E por isso redenção realizou-se no mistério pascal, que, através da cruz e da morte, conduz à ressurreição.
A tarefa fundamental da Igreja de todos os tempos e, de modo particular, do nosso, é a de dirigir o olhar do homem e de endereçar a consciência e experiência de toda a humanidade para o mistério de Cristo, de ajudar todos os homens a ter familiaridade com a profundidade da redenção que se realiza em Cristo Jesus.
Simultaneamente, toca-se também a esfera mais profunda do homem, a esfera - queremos dizer - dos corações humanos, das consciências humanas e das vicissitudes humanas." (Redemptor Hominis n. 10 - João Paulo II)
Na realidade, aquela profunda admiração a respeito do valor e dignidade do homem chama-se Evangelho, isto é, a Boa Nova. Chama-se também cristianismo. Tal admiração determina a missão da Igreja no mundo, também, e talvez mais ainda, "no mundo contemporâneo". Essa admiração e, ao mesmo tempo, persuasão e certeza, que na sua profunda raiz é a certeza da fé, mas que de modo recôndito e misterioso vivifica todos os aspectos do humanismo autêntico, está intimamente ligada a Cristo. Ela estabelece também o lugar do mesmo Jesus Cristo - se assim se pode dizer - o seu particular direito de cidadania na história do homem e da humanidade. A Igreja, que não cessa de contemplar o conjunto do mistério de Cristo, sabe com toda a certeza da fé, que a redenção que se realizou por meio da Cruz, restituiu definitivamente ao homem a dignidade e o sentido da sua existência no mundo, sentido que ele havia perdido em considerável medida por causa do pecado. E por isso redenção realizou-se no mistério pascal, que, através da cruz e da morte, conduz à ressurreição.
A tarefa fundamental da Igreja de todos os tempos e, de modo particular, do nosso, é a de dirigir o olhar do homem e de endereçar a consciência e experiência de toda a humanidade para o mistério de Cristo, de ajudar todos os homens a ter familiaridade com a profundidade da redenção que se realiza em Cristo Jesus.
Simultaneamente, toca-se também a esfera mais profunda do homem, a esfera - queremos dizer - dos corações humanos, das consciências humanas e das vicissitudes humanas." (Redemptor Hominis n. 10 - João Paulo II)
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