Muitas vezes estudamos a família por vários ângulos e ciências, como por exemplo, a antropologia e sociologia. Esses estudos são importantes e abrem os nossos horizontes. Mas não existe maneira mais completa de entender a família do que a perspectiva teológica.
Teologia, é a ciência que estuda Deus e as coisas que tem relação com Ele. A família tem tudo a ver com Ele, por isso podemos fazer uma teologia da família.
Deus é família! Pai, Filho e Espírito! Um só Deus, uma só essência, em três pessoas distintas. A relação da Família Divina só é feita por amor e no amor. A Vida de Deus é Amor. O Pai que ama o Filho, o Filho que ama o Pai, e o Espírito Santo que é justamente o Amor do Pai e do Filho. A Trindade é uma relação total de Amor.
Não tenho dúvida que imagem da família terrena é a imagem da família Divina. Aliás, Deus só fala da imagem e semelhança da humanidade com Ele, após criar o homem e a mulher, isto é, a família. Se a família é a imagem e semelhança de Deus, então a família só pode, repito, só pode ser fundamentada no amor. Que amor? No amor entrega, no amor cuidado, no amor cultivado, no amor que cresce!
A chave do bom relacionamento conjugal passa pelo entendimento da sexualidade masculina e feminina. O homem deve conhecer-se enquanto homem e também deve estudar e conhecer o comportamento da sexualidade feminina. A mulher deve conhecer a sexualidade feminina e também deve estudar e conhecer a sexualidade masculina. Entenda, sexualidade é diferente de genitalidade. Sexualidade é tudo aquilo compõe o ser homem e o ser mulher. Homem e mulher se completam, não só fisicamente, mas também psicologicamente e espiritualmente. Somente nessa relação a vida pode florescer, só nessa relação o ser humano pode ser um cooperador de Deus, e assim ser um co-criador com Deus. Só essa relação é capaz verdadeiramente de satisfazer, realizar tanto o homem quanto a mulher!
Dessa forma, o projeto divino para a família humana seria um pouquinho disso, digo um pouquinho, por que acredito que seja infinitamente maior que isso: O homem ama a sua esposa totalmente, e por ela dá a sua vida. Compreende a vida dela como um todo, não a usa como objeto, como escrava, nem como local de descarrego de um ato sexual desregrado. É para ela um porto seguro, uma fortaleza, um verdadeiro sinal da presença de Deus, que é o Porto Seguro e a Verdadeira Fortaleza. Um homem que sabe com todo carinho, respeito e intimidade apreciar a sua esposa, e no que se diz respeito ao ato sexual, sabe preparar com cuidado e carinho esse ato, para que não seja atropelado e sem sentido; seja uma celebração da vida! A mulher por sua vez é aquela que dá a vida por seu esposo, é o próprio coração dele. Não é aquela que está a apontar os seus defeitos e trazer diariamente os problemas, ou vive acusando de que a culpa é sempre dele, pelo contrário, é aquela que sabe que o marido é alguém que precisa do seu apoio, do seu carinho, que sabe que atrás daquele homem que parece muitas vezes certo de tudo, há alguém que tem medo, e às vezes muito medo de não dar conta da vida. Então a mulher é o alicerce do coração do seu esposo, seu abraço carinhoso é mais forte do que o mais poderoso exorcismo ( se as mulheres soubessem disso, o adultério seria levado a zero!). E tem mais uma coisa minhas irmãs: na maioria daz vezes o homem tem grande dificuldade de falar o que sente, tem medo de se expor, mas a sensibilidade feminina sabe bem como abrir esses corações.
Deus não errou! A família não é um erro! O problema é que tanto homem quanto a mulher, estão indo para o lado contrário do projeto divino. Não querem pautar a vida familiar no amor de Deus, na responsabilidade, no cuidado e no crescer no amor. Por isso, o que vemos nas "chamadas" famílias é um espetáculo do rídiculo, uma destruição do ser humano. Quem tem fabricado a violência de hoje não é o poder público, quem tem fabricado a violência de hoje são as famílias. E as famílias impotentes como estão, transferem para o poder público a culpa da sua incapacidade. E o popder público por sua vez é o propagador da decadência familiar.
A família começa a dar certo em cada homem e cada mulher que faz a sua expeirência com DEUS e constrói a sua vida dentro do projeto divino. Que sabe que o casamento é feito a três: a mão fraca do homem, a mão fraca da mulher e Mão Poderosa de DEUS, que sacramenta o amor humano tornando-o dom Divino. É óbvio que dessa relação só podem surgir filhos muito amados.
É claro que a família depende de muitas outras coisas, como por exemplo: vida financeira, projeto de vida conjugal, etc... Mas a base de tudo está na resposta de amor ao Projeto de Deus!
Termino com um poema do Pe. Zezinho, de quem compartilho esse mesmo sonho!
A FAMÍLIA DOS MEUS SONHOS
A família dos meus sonhos
Tem um casal que se ama
Até o dia final
E que ama além da cama!
Maravilhoso casal
Tem filhos apaixonados
Pelos pais que Deus lhes deu
Tem irmãos que se reúnem
Felizes e a celebrar
Os encantos da família
E os encantos do seu lar.
Na família dos meus sonhos,
Todos cuidam de todos,
E todos sabem ceder
E todos perdem e ganham
E todos sabem vencer.
Mais do que DNA,
Quem os une é o Senhor
E é no colo da família
Que se esconde aquele amor
Provado e mais que provado
No riso e também na dor,
E todos recebem dele,
Seja como e onde for
Lá, choram pelo que sofre
Lá, cuidam de quem precisa,
Porque do time família
Todos vestem a camisa.
A família dos meus sonhos
Permanece sempre unida.
Não é sonho passageiro:
é sonho para uma vida!
(Pe. Zezinho, scj - Do livro - Da família sitiada à família situada. Ed. Paulinas)
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
AUXÍLIO MINISTERIAL!
Auxílio Ministerial é a ajuda que o pregador, palestrante, ministério de música, etc... recebem quando são convidados a um serviço específico na Igreja. Este é um assunto "espinhoso" e precisa ser bem compreendido. A linguagem corrente na Igreja que específica esse trabalho é a "assessoria".
Todo trabalhador é digno de seu salário, e é importante que as pessoas que servem à Igreja, que vivem por ela, também sejam contemplados.
Algumas pessoas sempre me perguntam o que eu acho sobre aqueles pregadores e/ou músicos que estabeleceram valores específicos para uma determinada missão ou show. Antes de dizer o que penso, quero levantar uma questão...
Eu aprendi na minha caminhada na Igreja, que a primeira coisa quando íamos realizar um retiro, era cuidar do(s) missionário(s) que vinha(m) pregar a Palavra de Deus. E o primeiro dinheiro a ser destinado era o "auxílio ministerial" que iríamos doar pra ele. Além disso, sempre prezávamos pelo bem estar do missionário, para que de fato ele pudesse estar todo preparado para o retiro. Outra coisa importante era deixar claro que auxílio ministerial não é o pagamento das despesas do missionário, ex: passagem aérea, alimentação, combustível,hospedagem,etc. Despesa é uma coisa, auxílio ministério é outra bem diferente!
Muitos pregadores e músicos, quando íamos fazer o pagamento do auxílio ministerial, se recusavam em recebê-lo ou destinavam o valor para uma instituição de caridade. Mas para muitos missionários esse auxílio ministerial era a concretização da Providência Divina, uma ajuda importante para as suas vidas. O fato é, que o auxílio ministerial é uma OBRIGAÇÃO DE AMOR, DE CARIDADE E DE RESPONSABILIDADE, por parte de quem organiza algum evento ou retiro.
Respondendo a pergunta acima feita, eu não concordo com essa forma das pessoas estabelecerem valores para irem pregar ou cantar, mas acho que elas tem o direito de fazê-lo, justamente por que muitas dessas pessoas são evangelizadores de tempo integral e dependem do auxílio financeiro. Muitos desses missionários passaram a estipular um valor pela falta de responsabilidade dos organizadores dos eventos, que muitas das vezes não pagavam nem mesmo as despesas dos missionários, que dirá um auxílio ministerial! Outro exemplo acontece com os mnistérios de música que são convidados que para realizarem shows de evangelização, mas quando chegam no local do evento não tem nem som e nem um local apropriado para realizá-lo. Por esse motivo,muitos deles passaram a exigir em contrato a responsabilidade de ter os equipamentos necessários para realizar um show. Essa situação toda gerou alguns exageros, principalmente nos valores cobrados por alguns cantores católicos, que estão muito longe de serem missionários e passaram a ser somente artistas. Mas a raíz do problema está no fato de que, quem organiza um evento ou show, tenha o discernimento e a caridade de pagar as despesas e o auxílio ministerial. Se o missionário vai aceitar ou não, isso é com ele, mas a nossa obrigação é fazer a nossa parte.
Outra coisa, o valor do auxílio ministerial na maioria das vezes é estabelecido pelos regimentos e estatutos diocesanos ou pelos regionais da CNBB, que quase nunca são observados.
Sei que para mim, comentar um assunto "espinhoso" como esse me coloca numa situação um pouco complicada, já que também sou missionário, e pode parecer defender a minha causa..., mas escrevo, por que nas conversas com muitos missionários em todo o Brasil a reclamação é sempre a mesma. Conheço casos em que a vida financeira do missionário está complicada por que ele mesmo está arcando despesas de encontros que ele é convidado a pregar....Me desculpem, mas isso é caminho de maldição e não de benção!
"Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras. Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre (Sl 111,9). Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça. Assim enriquecidos em todas as coisas, podereis exercer toda espécie de generosidade que, por nosso intermédio, será ocasião de agradecer a Deus. Realmente, o serviço dessa obra de caridade não só provê as necessidades dos irmãos, mas é também uma abundante fonte de ações de graças a Deus. Pois, ao reconhecer a experimentada virtude que essa assistência revela da vossa parte, eles glorificam a Deus pela obediência que professais relativamente ao Evangelho de Cristo e pela generosidade de vossas esmolas em favor deles e em favor de todos. Além disso, eles oram por vós e vos dedicam a mais terna afeição em vista da eminente graça que Deus vos fez.Graças sejam dadas a Deus pelo seu dom inefável." (II Cor 9,6-15)
Essa passagem da II carta aos Coríntios, revela bem o compromisso que a comunidade tinha com os evangelizadores, não só no dízimo, mas nas ofertas e nas necessidades da Igreja.
Quanto a nós evangelizadores, devemos trabalhar e, de maneira nenhuma sermos pesados a ninguém, a exemplo de São Paulo.
Todo trabalhador é digno de seu salário, e é importante que as pessoas que servem à Igreja, que vivem por ela, também sejam contemplados.
Algumas pessoas sempre me perguntam o que eu acho sobre aqueles pregadores e/ou músicos que estabeleceram valores específicos para uma determinada missão ou show. Antes de dizer o que penso, quero levantar uma questão...
Eu aprendi na minha caminhada na Igreja, que a primeira coisa quando íamos realizar um retiro, era cuidar do(s) missionário(s) que vinha(m) pregar a Palavra de Deus. E o primeiro dinheiro a ser destinado era o "auxílio ministerial" que iríamos doar pra ele. Além disso, sempre prezávamos pelo bem estar do missionário, para que de fato ele pudesse estar todo preparado para o retiro. Outra coisa importante era deixar claro que auxílio ministerial não é o pagamento das despesas do missionário, ex: passagem aérea, alimentação, combustível,hospedagem,etc. Despesa é uma coisa, auxílio ministério é outra bem diferente!
Muitos pregadores e músicos, quando íamos fazer o pagamento do auxílio ministerial, se recusavam em recebê-lo ou destinavam o valor para uma instituição de caridade. Mas para muitos missionários esse auxílio ministerial era a concretização da Providência Divina, uma ajuda importante para as suas vidas. O fato é, que o auxílio ministerial é uma OBRIGAÇÃO DE AMOR, DE CARIDADE E DE RESPONSABILIDADE, por parte de quem organiza algum evento ou retiro.
Respondendo a pergunta acima feita, eu não concordo com essa forma das pessoas estabelecerem valores para irem pregar ou cantar, mas acho que elas tem o direito de fazê-lo, justamente por que muitas dessas pessoas são evangelizadores de tempo integral e dependem do auxílio financeiro. Muitos desses missionários passaram a estipular um valor pela falta de responsabilidade dos organizadores dos eventos, que muitas das vezes não pagavam nem mesmo as despesas dos missionários, que dirá um auxílio ministerial! Outro exemplo acontece com os mnistérios de música que são convidados que para realizarem shows de evangelização, mas quando chegam no local do evento não tem nem som e nem um local apropriado para realizá-lo. Por esse motivo,muitos deles passaram a exigir em contrato a responsabilidade de ter os equipamentos necessários para realizar um show. Essa situação toda gerou alguns exageros, principalmente nos valores cobrados por alguns cantores católicos, que estão muito longe de serem missionários e passaram a ser somente artistas. Mas a raíz do problema está no fato de que, quem organiza um evento ou show, tenha o discernimento e a caridade de pagar as despesas e o auxílio ministerial. Se o missionário vai aceitar ou não, isso é com ele, mas a nossa obrigação é fazer a nossa parte.
Outra coisa, o valor do auxílio ministerial na maioria das vezes é estabelecido pelos regimentos e estatutos diocesanos ou pelos regionais da CNBB, que quase nunca são observados.
Sei que para mim, comentar um assunto "espinhoso" como esse me coloca numa situação um pouco complicada, já que também sou missionário, e pode parecer defender a minha causa..., mas escrevo, por que nas conversas com muitos missionários em todo o Brasil a reclamação é sempre a mesma. Conheço casos em que a vida financeira do missionário está complicada por que ele mesmo está arcando despesas de encontros que ele é convidado a pregar....Me desculpem, mas isso é caminho de maldição e não de benção!
"Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda a espécie de boas obras. Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre (Sl 111,9). Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça. Assim enriquecidos em todas as coisas, podereis exercer toda espécie de generosidade que, por nosso intermédio, será ocasião de agradecer a Deus. Realmente, o serviço dessa obra de caridade não só provê as necessidades dos irmãos, mas é também uma abundante fonte de ações de graças a Deus. Pois, ao reconhecer a experimentada virtude que essa assistência revela da vossa parte, eles glorificam a Deus pela obediência que professais relativamente ao Evangelho de Cristo e pela generosidade de vossas esmolas em favor deles e em favor de todos. Além disso, eles oram por vós e vos dedicam a mais terna afeição em vista da eminente graça que Deus vos fez.Graças sejam dadas a Deus pelo seu dom inefável." (II Cor 9,6-15)
Essa passagem da II carta aos Coríntios, revela bem o compromisso que a comunidade tinha com os evangelizadores, não só no dízimo, mas nas ofertas e nas necessidades da Igreja.
Quanto a nós evangelizadores, devemos trabalhar e, de maneira nenhuma sermos pesados a ninguém, a exemplo de São Paulo.
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